segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Episódio III: Mas e o trabalho?


"Lembro-me do meu penúltimo ano de faculdade, outono de 2005, 5º. Semestre, a professora Karina era responsável pela disciplina cujo nome era algo do tipo 'Atividade Motora para Portadores de Necessidades Especiais'. Como trabalho de final de semestre, ela pediu para que agente se organizasse em duplas/trios para que redigíssemos um trabalho sobre o tema. Uma das exigências da professora era que o trabalho obedecesse as normas a ABNT, além de comportar as características de um trabalho científico: Introdução, Revisão de Literatura, Objetivo, Metodologia, Resultados, Discussão, Referencia Bibliografia, etc".



Quem leu o “episódio I” do blog, deve se lembrar do trecho supracitado. Um leitor do blog em específico me perguntou por e-mail que fim deu esse trabalho de final de semestre, querendo saber da possibilidade dele obter um exemplar. Bom, sanando as dúvidas do meu caro colega, e talvez a de outros leitores do blog, segue a minha resposta, boa leitura!

O ano era 2006, iria haver na nossa Universidade o 4o. Congresso Latino-Americano de Educação Física. Alguns alunos submeteram seus trabalhos acadêmicos para serem apresentados no Congresso, se eu não me engano, as formas de apresentação era comunicação oral, que comportavam pesquisas já finalizadas com os seus respectivos resultados, e pôster, que eram trabalhos menores ou pesquisas ainda em andamento. Na época eu era aluno de Iniciação Científica de um tema bem diferente do assunto abordado nesse blog, e publicar a pesquisa em andamento em congressos era praticamente uma imposição dos orientadores. Entretanto, um grande amigo meu e companheiro de classe me incentivou a publicar um texto a mais além do “obrigatório” pela Iniciação Científica, o texto em questão era o trabalho de final de curso da disciplina “Atividade Motora para Portadores de Necessidades Especiais”. Esse meu amigo, o Rodrigo, era aluno de Iniciação Científica que tinha como linha de pesquisa “Exercício Físico e Sistema Imunológico”, ele era considerado o melhor aluno de fisiologia da classe, muito dedicado e estudioso, ganhou até um apelido carinhoso, Rato, devido a sua convivência exacerbada com esse animal em laboratórios de pesquisa. Com um cara como esse me dizendo que eu deveria publicar o trabalho devido ao fato do mesmo ter uma qualidade legal e ser interessante, fui impossível evitar que o ego não inchasse e que o conselho fosse seguido. Então conversei com os outros autores (pois o trabalho não era só meu) e eles acharam uma ótima idéia. A partir daí começamos s trabalhar no texto para que ficasse adequado de acordo com as normas do congresso.



Para quem quiser conferir, segue o link da publicação para download:

SOUZA, Marcos Vinícius Gasparini de ; TEJERA, Daniel Bidia Olmedo ; DONATO, Marcelo Pìmenta . A Influência da Musculação nas Atividades Cotidianas de Idosos. In: 4o. Congresso Latino-Americano de Educação Física - FACIS//UNIMEP, 2006, Piracicaba - SP. Performance Humana e Saúde - Pôster. Piracicaba - SP : Unimep, 2006.

domingo, 12 de abril de 2009

Episódio II: Um par te halteres e uma pá de idéias

Estava eu em mais um dia comum de trabalho na academia, fazendo a manutenção do treinamento de alguns alunos, corrigindo a postura de outros, ensinando os movimentos para os recém-chegados, etc, quando o aluno João (com quem costumo trocar CDs, DVDs e revistas) me trouxe a última SuperTreino que ele comprou. Como de costume, fui direto até o índice para saber quais eram os assuntos da edição, quando avistei entre eles no meio da página o título “Pesos Livres”. Sem pensar duas vezes fui direto para a página, dei uma olhada por cima e pensei:
- Esse artigo tem tudo a ver com a minha idéia, com a idéia do meu blog!
Como não havia tempo pra ler na academia, pedi a revista emprestada para levar pra casa, li a matéria inteira, e não surpreendentemente, vindo da fonte midiática que veio, o matéria superou minhas expectativas.
Particularmente eu sou muito fã da revista, embora eu tenha tido uma primeira impressão preconceituosa pelo fato da mesma exibir um grande arsenal de imagens narcisistas de “marombeiros”. Seu conteúdo é muito bem elaborado por profissionais, especialistas e mestres em Educação Física, trás em quase todas as edições uma matéria dedicada a ciência do treinamento, além de conter artigos relacionados ao exercício e a atividade física que não ficam necessariamente presas a musculação. Todos esses fatores me fizeram descobrir que o dito popular “nunca julgue o livro pela capa” também serve para revistas, rs..


Sem mais delongas, você pode acompanhar abaixo e baixar na integra essa interessante reportagem com o Professor de Educação Física e Personal Trainer da Companhia Athletica de Campinas, Tiago Pardini Valério Ribeiro, boa leitura a todos.






O treinamento físico é uma ciência em constante evolução. A cada ano surgem novas tendências nas academias, aparelhos e máquinas de musculação de última geração, além de avanços no campo da fisiologia. Porém, o bom e velho halter ainda é uma ferramenta importantíssima no desenvolvimento muscular. Simples e eficiente, permite, inclusive, que as pessoas se exercitem em casa.
Para orientar os interessados em esculpir o corpo somente utilizando um par de halteres e um banco, SuperTreino convidou Tiago Pardini Valério Ribeiro, personal trainer da Companhia Athletica, unidade Campinas. O profissional elaborou dois programas de oito semanas cada que privilegia todos os grupos musculares e permite que iniciantes e iniciados no trabalho com sobrecargas possam desenvolver um treinamento com bons resultados.
“Quando estava escrevendo esse programa, lembrei da origem da musculação. Historiadores apontam seu nascimento na Grécia Antiga, na cidade de Grotona, onde o jovem Milo notou que seu corpo se desenvolvia à medida que ele carregava um bezerro – que havia ganho do pai e adotado como animal de estimação – para vários lugares. Conforme o animal crescia e ficava mais pesado, seus músculos se desenvolviam e logo ele era ‘maior’ que os garotos da sua idade”, conta o professor de Educação Física.
De acordo com Ribeiro, treinar com halteres permite desfrutar dos inúmeros benefícios da musculação, como aumento de massa corporal e da hipertrofia das fibras musculares, densidade óssea e, consequentemente, melhoria na qualidade de vida, com mais saúde física e mental. “Os benefícios estão interligados, ou seja, com a diminuição da porcentagem de gordura há uma redução muito grande nos riscos de doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras. Além da melhora da postura em geral, aumento da agilidade, flexibilidade e resistência global”, completa.
E bom lembrar que no trabalho com halteres em casa uma das maiores dificuldades é ter equipamentos com variação de quilos. “Desta forma, uma das soluções é alterar o número de séries e repetições. Esse tipo de opção trabalha muito a definição muscular”, explica Ribeiro. Porém, quando é possível dispor de halteres variados, o profissional indica opções como treino de pirâmide e bi-sets, por exemplo. O ideal é contar com o auxílio de um profissional de Educação Física, inclusive para definir as cargas. Para quem se exercita na residência, vale o bom senso em utilizar pesos que não forcem demais o corpo ao ponto de causar lesões. A seguir, apresentamos dois programas para membros superiores e inferiores, com opções com e sem variações de carga e fotos dos movimentos para auxiliar na execução.

Referências Bibliográficas:

BITTENCOURT, N. Musculação: Uma Abordagem Metodológica. 2 Edição, Rio de Janeiro: Sprint, 1986.
CARNAVAL, P.E. Musculação Aplicada. Rio de Janeiro: Sprint, 2002.

Agradecimento:
Companhia Athletica Campinas


“O ideal é contar com o auxílio de um profissional de Educação Física, inclusive para definir as cargas. Para quem se exercita na residência, vale o bom senso em utilizar pesos que não forcem demais o corpo ao ponto de causar lesões.”

O que ninguém esperava era poder contar com o auxílio de um profissional de Educação Física e ao mesmo tempo dentro da própria residência, rs..
Não se esqueçam de baixar a matéria na integra com as dicas de treinamento e com as imagens ilustrativas dos exercícios aqui.
Gostaria de agradecer a Revista SuperTreino que colaborou com o blog mesmo sem saber, para quem quiser saber mais sobre a mesma clique no link.

Fonte: Pesos Livres: trabalhe o corpo todo com apenas um par de halteres. Revista SuperTreino. No. 36 p 26-39


quinta-feira, 26 de março de 2009

Episódio I: Fêmur X Livros

Se você está pensando que “saúde na sua porta” é um blog de alguma farmácia que tem serviço delivery, se enganou! Porém se você trocar a palavra “farmácia” da sentença acima por “academia” estaria mais perto da resposta, e mesmo assim ainda não teria de fato chegado nela.
Lembro-me do meu penúltimo ano de faculdade, outono de 2005, 5º. Semestre, a professora Karina era responsável pela disciplina cujo nome era algo do tipo “Atividade Motora para Portadores de Necessidades Especiais”. Como trabalho de final de semestre, ela pediu para que agente se organizasse em duplas/trios para que redigíssemos um trabalho sobre o tema. Umas das exigências da professora era que o trabalho obedecesse as normas a ABNT, além de comportar as características de um trabalho científico: Introdução, Revisão de Literatura, Objetivo, Metodologia, Resultados, Discussão, Referencia Bibliografia, etc.
Fiz trio com meus amigos Vinícius e Marcelo, e então começamos a pensar: sobre o que podemos pesquisar no nosso trabalho? Eis que surge a idéia de pesquisar sobre a influência da musculação no cotidiano de pessoas da terceira idade! Fizemos o trabalho, apresentamos, enfim, deu tudo certo. Logo após a exposição do nosso trabalho para a classe Vinícius me perguntou:
- Daniel, por que você não passa uns exercícios para a sua avó?
E eu respondi:
- Minha avó tem oitenta e poucos anos, tem problema na perna, tem alguns movimentos comprometidos, acho que nem vira.
E ficou por isso mesmo. Dois anos depois minha avó sofreu uma queda por sentar fora da cadeira e quebrou o fêmur. Minha avó ficou mais limitada ainda, passando a maior parte do tempo deitada, fazendo fisioterapia, ganhando peso e escaras devido à falta de movimento e o tempo elevado submetida à mesma posição.
Para complementar a fisioterapia, eu comprei "tripa de mico" e passei alguns exercícios adaptados – alguns deles utilizando o próprio andador e cadeira de roda – pois como ela estava praticamente em condição mórbida, a intenção era que ela se movimentasse o quanto fosse possível, mesmo que muito pouco, a fim de evitar que ela ganhasse muito peso, fator nada positivo para um fêmur de mais de oitenta anos recém fraturado.
Os exercícios caíram melhor do que eu pensei! Após ela ter ficado completamente recuperada do acidente, nós continuamos com os exercícios, ela sempre afirmava se sentir muito bem com as atividades, dizendo que nos dias em que ela não fazia, sentia muita falta.
Com o tempo ela já estava conseguindo exercitar todos os grupos musculares dentro das suas possibilidades, daí eu pensei:
- Eu poderia ter feito isso com a minha avó muito tempo antes (desde o tempo em que eu achava que ela não poderia fazer nada).
Com a mesma “tripa de mico” comecei a passar exercícios pra minha mãe, que nunca arranjava tempo para fazer uma hidroginástica ou academia, e quando a “tripa de mico” ficou pequena eu resolvi comprar halteres e caneleiras de diversos pesos, além de um colchonete, somado a criatividade e conhecimento, material suficiente para prescrever exercícios eficientes sem que as pessoas necessitem sair de casa.
A partir daí surgiu a Idéia: “por que não levar essa idéia para todos?!”
É em função de tudo isso que hoje este blog existe para expor meus serviços e minhas idéias(clique aqui para maiores detalhes). Talvez não tenha ficado tudo claro nessa primeira apresentação, mas a intenção é que você vá entendendo o processo aos poucos e assim como eu, passe a acreditar de fato e assimilar algo que não bastou eu estudar, ler e pesquisar para crer, mas vivenciar e experimentar o processo na pele, de dentro para fora.
Sejam bem vindos !!!

Imagem extraída de: http://macroscopio.blogspot.com/2007/08/os-lares-de-terceira-idade-no-iii.html em 26/03/09 às 23:32